O rumor tem circulado profusamente na Internet ao longo dos últimos dias, mas foi esta quarta-feira desmentido pelo executivo da metrópole continental. Sob jurisdição directa do Governo Central, os municípios gozam do mesmo estatuto que as províncias ou que as regiões autónomas.
O governo da Zona Económica Especial de Shenzhen, adjacente à Região Administrativa Especial de Hong Kong, negou esta quarta-feira que a cidade esteja prestes a ser elevada ao estatuto de município, após se terem espalhado “rumores” na Internet nesse sentido.
“Trata-se de rumores infundados e meras conjecturas dos internautas”, afirmou um porta-voz do gabinete de informação da cidade, no sul da China.
“Shenzhen vai seguir a liderança do Comité Central do Partido Comunista Chinês, Conselho de Estado, Comité do Partido na província de Guangdong e governo de Guangdong”, disse a mesma fonte.
A China tem quatro municípios – Pequim, Xangai, Tianjin e Chongqing -, que estão directamente dependentes do governo central. A proposta para elevar Shenzhen àquele estatuto foi feita por várias vezes na Assembleia Nacional Popular, o órgão máximo legislativo da China.
A última proposta, em março passado, pelo deputado Li Guangyu, sugere que Shenzhen incorpore as cidades vizinhas de Dongguan e Huizhou, para se tornar num município com “significado estratégico”, de acordo com relatos da imprensa de Hong Kong.
Um município sob jurisdição do governo central chinês partilha do mesmo estatuto das províncias ou regiões autónomas. Actualmente, Shenzhen está sob a jurisdição do governo da província de Guangdong, que faz fronteira também com Macau, através da cidade de Zhuhai.
Antiga vila piscatória, Shenzhen foi a primeira Zona Económica Especial a abrir-se ao investimento externo e à iniciativa privada, e detém hoje um Produto Interno Bruto de 338 mil milhões de dólares , acima das Regiões Administrativas Especiais de Hong Kong e Macau, de acordo com dados oficiais.
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