Mangkhut. Governo lança linha de crédito para ajudar PME’s

Fotografia: Marco Carvalho

O novo mecanismo destina-se às Pequenas e Médias Empresas que tenham sofrido prejuízos aquando da passagem da tempestade pelo território, a 16 de Setembro. O empréstimo, sem juros, tem como limite máximo as 600 mil patacas. O prazo de reembolso é de oito anos, de acordo com a informação transmitida pelo Governo.

O Governo anunciou esta segunda-feira a criação de uma linha de crédito sem juros para ajudar as pequenas e médias empresas (PME) que sofreram prejuízos com a passagem do tufão Mangkhut pelo território. A tempestade atingiu Macau no dia 16 de Setembro, provocando quatro dezenas de feridos.

A Direção dos Serviços de Economia (DSE) criou uma linha de “apoio financeiro sem juros, no montante máximo de 600 mil patacas [63 mil euros], sendo o prazo de reembolso não superior a 8 anos”, lê-se no comunicado divulgado pelas autoridades de Macau.

De acordo com a Direcção dos Serviços de Economia, o “Plano de Apoio a Pequenas e Médias Empresas” tem como objectivo dar resposta às necessidades financeiras de curto prazo, de forma a “aliviar a pressão financeira das PME afectadas e melhorar a sua situação de exploração de negócios”.

Para apoiar os comerciantes, empresas ou clientes particulares de Macau afectados pelo tufão Mangkhut, o Banco Nacional Ultramarino (BNU) lançou na semana passada um programa especial de empréstimos.

No caso das pequenas e médias empresas, o objectivo é ajudá-las a “retomar uma gestão sustentável” e a “reduzir a pressão operacional”, lê-se no comunicado divulgado pelo banco, do grupo Caixa Geral de Depósitos. Aos clientes particulares, o BNU disponibiliza empréstimos para apoiar na reconstrução das casas ou carros danificados, indicou a mesma nota.

No dia 16 de Setembro, o sinal 10 de tempestade tropical – o máximo de uma escala com 1, 3, 8 e 9 – esteve em vigor durante nove horas, o mais longo período registado desde 1968.

No ano passado, o tufão Hato, apesar de se caracterizar pela mesma intensidade do Mangkhut, tinha feito dez mortos e 240 feridos em Macau.

Após a passagem do Hato, a 23 de Agosto de 2017, o Governo de Macau lançou uma linha de crédito, sem juros, para as PME afetadas até ao montante máximo de 600 mil patacas (cerca de 63 mil euros), tendo sido aprovados quase 50 milhões de euros em apoios concedidos ao abrigo dos programas criados para aliviar os impactos causados.

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