Os dois arguidos tinham sido originalmente condenados a pena de morte, mas a sentença acabou por ser comutada para prisão perpétua. O atentado ocorreu a 9 de Maio do ano passado e deixou 61 pessoas feridas, depois de um engenho explosivo ter rebentado no parque de estacionamento de um supermercado da cidade de Pattani.
Dois autores de um ataque com recurso a um carro-bomba no sul da Tailândia – uma região abalada por uma rebelião independentista muçulmana – foram condenados a prisão perpétua na quinta-feira.
“Inicialmente, o tribunal sentenciou-os à morte, mas foi comutada para prisão perpétua porque eles confessaram”, disse o advogado de ambos, Abdulqahhar Aweaputeh, presidente da Fundação de Advogados Muçulmanos.
Os dois condenados colocaram as bombas num carro, que explodiram a 9 de Maio de 2017 num estacionamento de um supermercado, em Pattani. No total, 61 pessoas ficaram feridas.
Dez dos alegados cúmplices continuam a ser procurados pela polícia.
Os dois recorreram da condenação por “tentativa de homicídio” e “explosão em local público”.
A rebelião independentista muçulmana abrandou nos últimos meses, com uma significativa quebra nos ataques contra as forças militares instaladas nas três províncias do sul da Tailândia onde a insurgência se faz sentir com maior vigor.
Os civis compõem a maioria das quase sete mil mortes causadas por este conflito desde 2004.
O último ataque mortífero aconteceu no início do ano, a 22 de Janeiro, quando três pessoas perderam a vida após uma explosão de uma bomba num mercado no sul da Tailândia.
A Tailândia, principalmente budista, conduziu uma política de assimilação forçada dos muçulmanos nesta região, ligada à Malásia até o início do século XX.
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