O anúncio foi esta sexta-feira feito pelo orgão anti-corrupção do Partido Comunista Chinês e visa um dos militantes uigures que mais longe chegaram na estrutura de governação. Nur Bekri é suspeito de “graves violações da disciplina do partido”, o eufemismo habitualmente utilizado para descrever casos de corrupção.
O responsável pela agência de planeamento energético da República Popular da China está a ser investigado por suspeitas de corrupção, anunciou esta sexta-feira a Comissão Central de Inspecção e Disciplina do Partido Comunista Chinês.
Nur Bekri – um dos mais altos quadros da minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur – é suspeito de “graves violações da disciplina do partido”, disse a Comissão, utilizando a terminologia que descreve habitualmente os casos de corrupção.
Bekri, 57 anos, presidia a Administração Nacional de Energia desde 2014, e é ainda vice-director da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, o órgão máximo de planeamento económico do país.
As autoridades chinesas castigaram mais de um milhão e meio de funcionários públicos e investigou cerca de 500 altos quadros do regime, parte da campanha anti-corrupção lançada há seis anos pelo Presidente chinês, Xi Jinping, segundo dados revelados pela Comissão.
Os dois casos mais mediáticos envolveram a prisão do antigo chefe da Segurança Zhou Yongkang e do ex-director do Comité Central do PCC e adjunto do antigo presidente Hu Jintao, Ling Jihua.
Antes de 2014, Bekri ocupou ao longo de três décadas vários cargos na Região Autónoma de Xinjiang, extremo noroeste do país.
Não há indicações de que a investigação esteja relacionada com a campanha repressiva lançada pelas autoridades sobre os uigures, que resultou na detenção de mais de um milhão de pessoas em campos de doutrinamento político no Xinjiang.
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