O IACM considerou viável o plano gizado pela Companhia de Corridas de Galgos Yat Yuen, de alojar em mais de uma dezena de imóveis os 533 galgos que ainda permanecem nas instalações do Canídromo. A empresa tem agora sessenta dias para reivindicar de novo os animais.
O Instituto para os Assuntos Cívicos de Macau (IACM) deu luz verde à proposta apresentada pela Companhia de Corridas de Galgos de Macau (Yat Yuen), que prolonga até ao final de Setembro o prazo para a reclamação dos animais.
Em comunicado, o organismo liderado por José Tavares afirma que analisou a proposta e considerou “viável” o plano de ‘habilitação residencial’ sugerido pela Yat Yuen, e, por isso, decidiu “autorizar a prorrogação do prazo de reclamação dos galgos por 60 dias”.
O plano prevê a “utilização de 11 imóveis privados, servidos de um estabelecimento para o alojamento dos galgos” e a prestação de cuidados aos cães “por funcionários e associações de protecção dos animais”, refere a mesma nota.
O prazo estabelecido anteriormente terminava agora, no final de Julho. Com a nova aprovação, a Yat Yuen deve reclamar os 533 galgos até 29 de Setembro.
“A Yat Yuen deve reclamar os respectivos galgos até final do prazo e liquidar as respectivas despesas, caso contrário, a não reclamação dos galgos é equiparada a abandono de animal, e a Companhia será autuada pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais nos termos da lei de protecção dos animais”, sublinhou o organismo.
Na passada sexta-feira, a Yat Yuen comprometeu-se a construir um Centro Internacional de Realojamento de Galgos. O novo organismo deverá ter um orçamento anual de até 15 milhões de patacas.
“Não há centro nenhum no mundo igual a este” afirmou, à data, o presidente da Anima – Sociedade Protetora dos Animais de Macau, Albano Martins, após a assinatura do acordo com a Yat Yuen.
Em 2016, o Governo de Macau deu dois anos ao Canídromo da cidade para mudar de localização e melhorar as condições dos cães usados nas corridas ou para encerrar a pista, cujas receitas se encontravam em queda há vários anos.
A 12 de Julho, o IACM já tinha exigido à Companhia de Corridas de Galgos a entrega imediata de um plano concreto para realojamento dos galgos, depois de a Direção de Inspe cção e Coordenação de Jogos ter recusado prolongar o contrato de exploração do Canídromo, a operar há mais de 50 anos no território.
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