Coreias. Washington e Seul suspendem exercícios militares conjuntos

Seul e Pyongyang chegaram ontem a acordo para a realização de um encontro entre as famílias separadas pela guerra, no início da década de cinquenta. A reunião realiza-se em território norte-coreano entre 20 e 26 de Agosto. Ontem soube-se ainda que a Coreia do Norte e os Estados Unidos da América decidiram suspender a título indefinido a realização de novos exercícios militares conjuntos.

Washington e Seul chegaram esta sexta-feira a acordo para suspender indefinidamente novos exercícios militares conjuntos, na sequência da cimeira de 12 de Junho entre Donald Trump e Jim Jong-un.

O porta-voz do Pentágono, Dana White, explicou que a decisão abrange a suspensão do exercício Freeedom Guardian, previsto para Agosto. Dois outros exercícios do Programa de Intercâmbio da Marinha Coreana que deviam ocorrer nos próximos três meses acabaram também por ser suspensos.

Apesar dos avanções registados na Cimeira de Singapura, o presidente norte-americano, Donald Trump, reiterou na sexta-feira que a Coreia do Norte ainda representa uma “ameaça extraordinária” para os Estados Unidos da América.

Trump assinou ontem uma  ordem executiva que prorroga por um ano a “emergência nacional” em relação à Coreia do Norte, reiterando a manutenção das restrições económicas que Washington impõe a Pyongyang.

Ontem ainda, representantes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul concordaram em realizar em Agosto uma nova reunião de famílias divididas pela Guerra da Coreia.

O encontro, explicou o vice-Presidente do Comité norte-coreano para a Reunificação Pacífica da Mãe Pátria, vai decorrer no Monte Kumgang, na Coreia do Norte, entre 20 e 26 de Agosto: “A Coreia do Norte e a Coreia do Sul concordaram em organizar uma reunião das famílias separadas pela guerra no Monte Kumgang por ocasião do Dia Nacional da Libertação, que se celebra a 15 de Agosto. A reunião vai ser organizada durante sete dias, entre 20 e 26 de Agosto e juntar cem famílias oriundas de ambas as Coreias. Os participantes que tenham dificuldades de locomoção poderão fazer-se acompanhar por um familiar”, explicou Pak Yong-il.

Os encontros são altamentos emotivos, uma vez que a maioria das pessoas que desejam participar são idosos que desejam ver, possivelmente por uma última vez, os seus entes queridos.

As famílias foram separadas durante a Guerra da Coreia, que ocorreu entre 1950 e 1953 e que acabou por dividir a península em duas nações com diferente ideologia.

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