O grupo Wanda inaugurou no sábado, na cidade costeira de Qingdao, o maior complexo de estúdios de cinema do mundo. Com capacidade para albergar trinta produções em simultâneo, a Oriental Movie Metropolis demorou cinco anos a ser construída e custou ao conglomerado presidido por Wang Jianlin mais de 50 mil milhões de yuan.
As luzes e as câmaras já estão posicionadas e só falta mesmo a acção. O Grupo Wanda, dirigido pelo milionário Wang Jianlin, inaugurou este sábado, na cidade chinesa de Qingdao, o maior complexo de estúdios de cinema do mundo.
A Oriental Movie Metropolis – ou Metrópole Oriental do Cinema – quer fazer de Qingdao a “Hollywood chinesa”. O novo complexo demorou cinco anos a ser construído e custou qualquer coisa como 50 mil milhões de yuan e disponibiliza um total de trinta estúdios de gravação, entre os quais o maior do mundo, com quase dez mil metros quadrados. Com o empreendimento, o grupo Wanda quer atrair as grandes produções internacionais e rivalizar directamente com os grandes estúdios norte-americanos: “A Oriental Movie Metropolis, em Qingdao, é um marco que deverá contribuir para a industrialização da indústria cinematográfica chinesa. Preenche uma importante lacuna na história da indústria do cinema na China. Vai impulsionar o desenvolvimento da indústria cinematográfica e contribuir para que o cinema chinês se afirme a nível mundial. A metrópole do cinema mudou o estatuto de Qingdao enquanto cidade e fez da indústria do cinema um dos pilares do desenvolvimento local”, defendeu Wang Jianlin, o presidente do grupo Wanda.
Para além dos estúdios propriamente ditos, a Metrópole Oriental do Cinema abrange ainda hóteis de luxo, um hospital, uma escola internacional, um centro comercial, um teatro, uma marina e três parques temáticos.
Apesar de só ontem ter sido formalmente inaugurada, a Metrópole já recebeu dez produções durante o período de testes a que foi submetida. O filme “A Grande Muralha”, co-produzido por Matt Damon, e a sequela de “Pacific Rim” foram parcialmente gravadas na nova cidade do cinema. Para a segunda metade de 2018 os estúdios estão quase todos reservados, ainda que subsistam algumas áreas em que as melhorias são bem vindas: “Acredito que as condições que apresentamos serão cada vez melhores, não apenas em termos de mais valias, mas também da competência dos nossos profissionais. Estou convicto que vamos receber cada vez mais equipas de produção estrangeiras e Hollywood vai vir à China, vai vir a Qingdao para filmar. Neste processo, queremos melhorar alguns serviços. Queremos agilizar, por exemplo, os procedimentos fronteiriços, facilitar os vistos para estrangeiros e os serviços para equipas de produção completas. Queremos ainda melhorar em termos de figurantes, adereços, produção, iluminação e, como eu disse, também ao nível dos serviços de pós-produção. O nosso objectivo é fazer a pós-produção dos filmes em Qingdao”, clarificou Sun Hengqin, o Director Executivo da Oriental Movie Metropolis.
Para além da qualidade das instalações, uma das principais vantagens da Metrópole Oriental do Cinema é a política de subsídios oferecida pelos estúdios Wanda, com a atribuição de subvenções de até cinco mil milhões de yuans. A empresa propõe-se financiar em até 40 por cento as grandes produções filmadas em Qingdao.
Wang Jianlin defende que a abertura dos estúdios vai contribuir para que a indústria cinematográfica chinesa atinja um patamar mais elevado de desenvolvimento e alcance uma maior projecção internacional, ao mesmo tempo que fomenta a abertura do país e atrai à China um maior número de produções estrangeiras, mesmo que depois não possam ser projectadas no Continente.
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